Nas nascentes cristalinas
Das águas mansas do Tejo
Seus versos encontram rimas
Que ensandecem desejos
Tão mesclados de magia
Que lembram com perfeição
Um beijo da nostalgia
Nas cordas de um violão
Lembra a lua que se banha
Toda tonta e vagabunda
Num riso que a face arranha
E numa dor que a inunda
Lembra o sol que se assanha
Nas flores dos buritis
Perseguindo numa sanha
Um casal de colibris
Seus versos fluem frementes
Num harpejo de sonata
Parecem estrelas cadentes
Banhando em lago de prata
Nas nascentes cristalinas
Das águas mansas do Tejo
O seu verso é pomba mansa
Dormindo feito criança,
No ninho dos meus desejos...!