quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Coveiro



O jardineiro que ama seu labor
Cultiva as flores com a mesma intensidade
Nunca separa as flores sem odor
Daquelas outras de plena raridade

Atrás de tal, também vem os Condores,
Talhando em santo esmero seus sonetos
Não fazem distinção aos seus amores
Jamais despreza a flor que vem do gueto

O homem que em si só tem quimeras
Em armaduras de ancestrais primitivistas
Não tem as graças culturais de um cavalheiro

Se não conhece do poeta o dom artístico
Nada adianta imitar um jardineiro
Será pra sempre um coveiro sobre a terra!
Ago. de 2014






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