terça-feira, 14 de agosto de 2018

O mal e o remédio




A vida pensa que é fada
Mas, é uma deusa malvada
Que atesta a alma enredada
Na fogueira da emoção
Oculta o sol dos agostos
E tinge as covas do rosto
Com o ruge belo e muxoxo
Da mentirosa ilusão

A sorte então?? Que piada!
É lua cheia embrulhada
Nas nuvens irradiadas
De um temível furacão
Bota a gente na disputa
Mas não avisa que a luta
É coisa pra gente bruta
Que não tem preguiça, não.

O tempo é um corcel sem freios
Sem destino e sem arreios
Que atesta num torneio
Se é valoroso o peão
Mas ri de toda desgraça
Que nos rebenta a carcaça
No estrume frio e sem graça
Da descrença sem razão


O amor as vezes é castigo
Pouco sabe ser amigo
É bem mais joio que trigo
Nas terras do coração
Se alastra todo proza
Reclamando trato e poda
Pra não esganar em suas cordas
Quem lhe dispensa, atenção.

Na vida há curvas bem tortas
Cheias de flores e grotas
Por tras de uma e outra porta
Há anjos e assombração
Mas o tempo, faz a sorte
De quem escolhe seu norte
No abraço grande e forte
Da nobre sublimação!!

14/08/2018














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