Nenhum silencio contagia mais a natureza humana, do que
a deliciosa sensação de velejar dentro de si mesmo, sem se
importar
com a importunidade das horas que se sucedem barulhentas, nas
rodas
dos mil e um carros que cruzam de ida e volta a avenida.
Nada pode ser mais nobilitante nesses instantes, do que beijar um
e outro sonho
que Deus fez amorosamente para mim e que o tempo transformou
em asas multicoloridas.
Nas fronteiras da solidão, também tem anjos!!!
Anjos que me amam e cuidam de mim com o eterno desvelo de que
me fiz credora, quando rasguei decididamente o meu bilhete de
passagem
para o invisível, e resolvi cavalgar na poeira do vento, que
sempre me leva aonde
eu quero e preciso ir.
Que se dane a virtude sublimada.
A pureza enfadada!
A respiração controlada...
Que se dane a poesia rimada. Quando eu acordo de madrugada eu
quero
mais, é insultar o gosto amarradinho dos metrificadores de
plantão.
Eu gosto de uísque, mas nunca que dispenso quentão.
Eu vim do sertão, onde o arrasta pé em roda da fogueira, termina
quando o galo canta
e as menininhas sapecas trocam suas bonecas, por brincadeiras de
bandido e mocinha!
Mas, eu sempre fui quietinha!
Como diz a minha vizinha...
-Eu dou tudo que eu tenho para o padre da minha paróquia, pra ele
comprar
um lugarzinho de santa pra mim e meus" fiim" lá no céu.
O folgado daquele que se diz meu dono, é que se dane!
É uma sábia essa minha vizinha...!!!
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